Em torno das 11h da

Em torno das 11h da manhã de hoje a plataforma P-36 da Petrobrás, a maior do mundo, afundou completamente na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro.
Agora não venha você me dizer que eu assisti a episódios de “Arquivos X” demais. Que sou paranóico (qualquer pessoa com um mínimo de cultura geral deve ser pelo menos um pouco). Que vejo conspirações por todos os lugares e que minha cama em uma cela acolchoada no Pinel já está com lençóis limpos. 8)
Acredito que qualquer pessoa minimamente interessada em fatos que podem afetar sua vida, deve estar atenta. E eu me enquadro nesta categoria. Leio um pouco sobre tudo. E se a gente começa a ouvir um pedacinho de informação aqui, outro ali, e os pelos atrás do pescoço começam a se levantar, é porque alguma coisa deve estar errada.
A Petrobrás é uma das poucas (muito poucas) coisas que carregam as cores verde e amarela e que são respeitadas no mundo inteiro. Está sucateada? Está. Tem problemas? Tem. Mas, apesar de tudo, em pouco tempo o Brasil estaria auto-suficiente em matéria de petróleo. Este fato foi anunciado há pouco mais de 15 dias pelo governo federal. E o que acontece em seguida? Explode a plataforma que seria responsável pela nossa independência.
Você sabe como aconteceu o acidente? Ocorreu uma explosão em um lugar absurdo: uma das “pernas” de sustentação da plataformas. Uma brigada de incêndio dirigiu-se para o local e começou a trabalhar. Quatro minutos depois, ocorreu uma segunda explosão. Morreram todos os membros da brigada. Veio então a segunda brigada de incêndio. Três minutos depois, ocorre uma terceira explosão. Morrem todos os membros da segunda brigada de incêndio. É bem tramado demais, coreografado demais. E todos os especialistas afirmam que uma plataforma como a P-36 mesmo sem uma das “pernas” deveria permanecer flutuando por tempo suficiente até que pudesse ser rebocada para um local onde pudessem ser feitos os reparos.
Não vou aqui ponderar sobre a perda de vidas ou a destruição de um patrimônio que é de todo o povo brasileiro e que custou em torno de US$ 500 milhões (mais ou menos R$ 1 bilhão). Mas sabe o que me deixa nervoso? É o fato de que, como no caso da queda da Estação Espacial MIR, nenhuma autoridade brasileira sequer cogita a hipótese de que possam estar ocorrendo sabotagens. E só existem aqui duas possibilidades: uma tremenda ingenuidade, ou a mais absoluta má-fé. Quero dizer com isso que ou nossos políticos são cegos, provincianos, incultos e estúpidos, ou estão sendo pagos, uma fábula, para não levantar a possibilidade de sabotagem.
Convenhamos, estamos falando aqui de transações de milhões de milhões de dólares. Só a plataforma que afundou custou, com todos os zeros, 500.000.000 de dólares. Vou repetir: é o equivalente a 1.000.000.000 (um bilhão) de reais. Pense em todo o petróleo que poderia passar por esta plataforma e faça as contas. E, sempre que dinheiro troca de mãos, ou neste caso, de contas, existem interesses. E se existem instituições que estão negociando entre si, outras estão sendo deixadas de fora. E, neste mercado, fazem qualquer coisa para entrar no negócio.
Antes que você chame a ambulância com os homens vestidos de branco e carregando uma camisa de força, deixe eu dizer só mais uma coisa. É claro que pode ter sido acidente. É claro que pode ter sido uma falha na construção. É claro que pode ter sido um Zé da Silva que foi o responsável. Mas o que me incomoda é o fato de nossos políticos sequer cogitarem a hipótese de que possa ter sido sabotagem. E isto é inaceitável. É ingenuidade ou má fé.

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