Conviver em sociedade não é fácil…

“Conviver em sociedade não é fácil, especialmente quando as pessoas não cooperam”. Aposto que você já ouviu isto várias vezes. Em outras palavras, é um saco quando gente grossa invade o nosso espaço, não é verdade? Pensando neste tipo de pessoa, cogitei ontem em instituir aqui uma seção chamada “Dedo nele!”. Detalhe: com ponto de exclamação. Claro que estou me referindo àquele clássico, inconfundível gesto internacional. Vou explicar cientificamente: você faz o gesto levantando o dedo médio de qualquer uma de suas mãos, quando deseja que determinado ser humano de origem duvidosa, retire-se para um local qualquer, longe de você, e lá chegando, permita que seja perpetrado em um determinado orifício do seu corpo o ato de propagação da espécie, constituindo o que, na maioria das sociedades seria visto como um ato anti-natural e, ainda, condenável por muitas religiões.
Mas bastou cogitar na hipótese e imediatamente dois candidatos se prontificaram para inaugurar minha lista. Estava vindo para casa de automóvel e apesar de estar sinalizando com a devida antecedência que iria estacionar, um senhor de idade avançada, para não dizer véio, literalmente grudou atrás do meu carro e ficou insistentemente dando sinais de luz. Quando parei para balizar, o véio parou atrás e não me deixava manobrar. Quando percebeu que eu tinha mais paciência e menos a perder do que ele, ultrapassou bruscamente, acelerando como se quisesse fazer seu Ford Ka levantar vôo e, pasmem, buzinou. Resultado: dedo nele!
Trinta segundos depois eu estava atravessando uma rua, a pé, com o sinal aberto para mim, sobre a faixa de pedestres e faltavam dois metros para a calçada. Abriu o sinal. Um motoboy arrancou, acelerando como um alucinado. Para piorar, gritou um adjetivo pouco lisonjeador sobre a minha mãe. Resultado: dedo nele!
Ainda não tinha decidido se iria mesmo criar a seção, mas depois destes sinais dos deuses, achei melhor atender aos desígnios celestes. E rápido. Caso contrário eles podiam acabar mostrando o dedo para mim. Desta forma, declaro inaugurada a seção “Dedo Nele!”… ou “Nela!”. Se você passar por uma típica situação “dedonelística” e se for do seu desejo, divida conosco sua experiência “em linguagem técnica”.

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