Em Hong Kong, funcionários de

Em Hong Kong, funcionários de um jornal de língua inglesa estavam com medo de trabalhar à noite. Não. O problema não estava relacionado à violência na cidade. Na verdade, o problema nem era deste mundo.
Tudo começou no dia 8 de março quando uma das editoras do jornal ouviu “alguém” chamando seu nome, enquanto estava no banheiro. A princípio não contou para ninguém, mas quando o fato começou a se repetir, ela ficou nervosa e segredou para uma amiga. Este tipo de notícia, especialmente em um jornal, não fica muito tempo parada, e acabou se espalhando rápido. As mulheres passaram a ir ao banheiro somente em duplas. Sabe como é, por segurança. Nunca se sabe exatamente como agir quando se está lidando com fantasmas. Detalhe: o espírito do banheiro, falava inglês.
Como a situação estava em vias de sair de controle e com outras notícias de que mais fantasmas estavam rondando o escritório, a direção do jornal contratou… adivinhe… exatamente… dois caça-fantasmas. De verdade. Monges budistas que, por mais de 30 minutos cantaram, rezaram preces especiais, espargiram água e tocaram uma sineta. Esse é um ritual muito antigo, considerado tradicional pelos budistas e é raramente realizado. Mas não foram só os monges que tiveram papel ativo no ritual. Além do editor chefe, Robert Keatley, outros membros da equipe tiveram que fazer reverências diante de um pequeno altar que foi montado próximo à mesa da recepção do jornal.
Mas não entendo porque precisaram mandar os fantasmas embora. Já que os espíritos estavam demonstrando tanto interesse no jornal, os editores poderiam perfeitamente dar início a toda uma nova série de colunas: receitas para desencarnados, técnicas para assustar, como fazer a barra do seu lençol, formas de manter seus trapos limpos, etc. Mas, com certeza, a coluna mais lida seria a seção de cartas.

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