O que leva uma pessoa

O que leva uma pessoa a cometer o suicídio, como aquelas pessoas que se jogaram do alto do WTC? Gene Weingarten e David Von Drehle escreveram no Washington Post uma matéria sobre o assunto. Eles reproduzem o opinião de um especialista forense chamado Ronald Maris que disse: Até certo ponto é uma resposta saudável. É tomar o controle da situação antes que a situação assuma o controle sobre você.
Ele continua, dizendo que o motivo principal do suicídio é a fuga. No caso daqueles que estavam nas janelas do WTC, a motivação era escapar de duas horríveis alternativas: morrer queimado ou esmagado. É por isto que acaba prevalecendo a escolha de aniquilar a própria consciência, em um momento que, pelo menos parcialmente, é da sua escolha e de forma praticamente instantânea.
Outro especialista, Lanny Berman, afirma que… “tudo se resume a um problema de controle“. Diz que as pessoas querem ter controle sobre suas vidas e que este desejo de controle abrange inclusive a forma e o momento de suas mortes. A coisa chega ao ponto de que, em certos casos, policiais são chamados a intervir e, se dizem para uma pessoa em um parapeito “volte para dentro ou eu atiro”, os potenciais suicidas normalmente acabam obedecendo e saindo da situação de perigo, pois estariam perdendo o controle sobre a decisão, a forma e o monento de sua morte.

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1 Response to O que leva uma pessoa

  1. mariana says:

    Estou aqui, passeando pelo seu passado e vi este post sobre wtc…
    acho que sei o que leva uma pessoa ao suicidio… a certeza de que algo é melhor do que o que temos.
    Aprendi isto no momento em que aprendi uma nova religião. Eu acredito que há um lugar muito, mas muito melhor que este. Um local tranquilo, de paz e de perdão.
    Acho que o que temos aqui é uma provação valiosa que, infelizmente muitos não suportam. Tudo tem razão de ser. Tudo tem um porque, mas muitos de nós ainda não compreendeu, ou não quer compreender a grandiosidade do amor Divino, de nos dar uma nova chance a cada existência.
    No caso do wtc a desesperança aumentou a crença de que morrer é o menor dos problemas. Talvez eles tenham pensado na dor, no fogo, na asfixia e decidiram que o fim era a melhor a parte da história.
    Eu mesma pensaria assim se minha vida estivesse trancada entre escombros e chamas.
    Mas eu não me mataria. Não jogaria fora, talvez, a única chance de me corrigir… e não somaria mais erros aos que já cometi nesta e em outras vidas…
    Enfim, chega de filosofismos… vou dar mais umas voltas pelos posts passados…
    até.

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