Jaime Lerner conseguiu. Vai vender

Jaime Lerner conseguiu. Vai vender a COPEL
Usando de todo tipo de falcatruas, sujeiras e sacanagens o governador do Paraná conseguiu encaminhar ontem a venda de uma das poucas estatais que funcionavam bem. Veja a matéria da Gazeta do Povo.
O Palácio Iguaçu venceu ontem a batalha política para garantir a privatização da Copel. A Assembléia Legislativa rejeitou por 27 votos a 26, o projeto de iniciativa popular contra a venda da estatal. Numa sessão que durou nove horas, a bancada governista conseguiu derrubar o projeto à meia-noite, apesar das manobras da oposição que tentou até o último minuto adiar a votação da proposta.
Mesmo com a vitória, o governo do estado não considera que a polêmica em torno da Copel esteja liquidada. “Não temos o que comemorar. A batalha não termina hoje e estamos preparados para a batalha judicial”, afirmou o secretário de Governo, José Cid Campêlo Filho, logo após a votação. Mesmo assim, o governador Jaime Lerner convidou os deputados que votaram contra a proposta para serem recepcionados no Palácio Iguaçu.
Segundo Campêlo, a oposição é radical, vai tentar ações na Justiça para impedir a privatização. Estamos preparados para a guerra”, afirmou o secretário.
A oposição tentou protelar a votação alegando descumprimento do regimento interno, irregularidade no retorno de Nelson Justus, que deixou a Secretaria de Transportes para reassumir seu lugar de deputado, fazendo com que Custódio da Silva voltasse à suplência, falta de decoro parlamentar dos deputados Moysés Leônidas (PSB) e Nelson Turek (PFL), que teriam dado entrevistas afirmando que estavam favoráveis à privatização em troca de benefícios para seus municípios. O deputado Orlando Pessuti (PMDB) ainda fazia a última tentativa de suspender a sessão, alegando que as declarações dos deputados precisavam ser investigadas pela corregedoria geral da casa.
Ao final da votação, os oposicionistas se reuniram para uma foto dos que votaram favoráveis ao projeto de iniciativa popular.
Os problemas dentro da Assembléia e os confrontos entre manifestantes e policiais do lado de fora causaram impressão forte na comissão de deputados federais que acompanhou a sessão. “O que nós vimos aqui será relatado à Câmara Federal. Isso poderá ser usado posteriormente para que uma ação seja aberta questionando so procedimentos violentos adotados”, disse o deputado federal de Alagoas, Régis Cavalcanti.

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