Qual o limite da imbecilidade?

Qual o limite da imbecilidade? Quão idiota pode ser um ser humano? Até que ponto pode uma mãe castigar seus filhos sem que este “corretivo” se transforme em tortura? Leia esta notícia do Universo HQ sobre esta ignorante que queimou as mãos de seus filhos de 8 e 10 anos por estarem lendo uma revista de super-heróis.
Mãe queima filhos por lerem revistas em quadrinhos
(02/10/2001)
Mais um estúpido caso de violência contra crianças aconteceu no Rio de Janeiro. E a causa não poderia ser mais absurda. No dia 25 de setembro, uma mãe, chamada Denise Santana da Silva, de 40 anos, moradora do subúrbio de Rocha Miranda, queimou as mãos dos filhos de 8 e 10 anos de idade na frigideira, porque eles estavam lendo uma revista em quadrinhos de super-heróis (o título não foi divulgado).
Segundo a mãe, a revista mostrava cenas violentas. Por isso, proibiu seus filhos de lê-la. Como eles a desobedeceram, os puniu dessa maneira, achando, inclusive, que foi um castigo “adequado”.
Ela estava presa sob a acusação de tortura, um crime inafiançável, mas foi solta por ordem da juíza Paula Fernandes Machado, da 39ª Vara Criminal, que concedeu o habeas-corpus para Denise por entender que “a mulher apenas se excedeu no castigo imposto aos filhos com a intenção de educá-los”. Acredite se quiser!
Denise foi indiciada na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) por tortura (crime inafiançável). O marido dela, Sérgio Murilo Mattos Dias, foi indiciado por omissão e solto logo em seguida após pagamento de fiança de R$ 500,00. Para a juíza, a mulher deveria ter sido indiciada por maus-tratos, e não tortura.
A denúncia foi feita por Valéria, irmã de Sérgio e tia dos meninos. Ela disse ainda que o casal costumava maltratar as crianças há muito tempo. Os dois irmãos passarão por cirurgias plásticas nas mãos, e vão receber tratamento psicológico no Tribunal de Menores. A guarda deve ficar com a tia.
Se condenada, a mãe pode pegar de 2 a 8 anos de prisão, sem direito à fiança. A pena para o pai pode variar de 1 a 4 anos, e prevê fiança no valor de R$ 200 a R$ 1 mil.
Agora, fica a pergunta. A televisão, o cinema e as revistas em quadrinhos podem servir como justificativa para atitudes hediondas como esta? Ou seria mais correto a sociedade refletir sobre seus atos e procurar soluções definitivas para este tipo de problema?
No Brasil, o famigerado preconceito contra os quadrinhos, desta vez, extrapolou tomos os limites racionais. A ignorância e a crueldade com que esta mãe (se é que podemos chamá-la assim) agiu contra seus filhos, definitivamente, “não está no gibi”. Nem nos mais violentos!

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