Baixando a poeira

A situação por aqui está começando a acalmar. Mas só começando. Sei que não existe desculpa para não atualizar o Pensagens mas faltou tempo e energia. O mouse pesava 216 toneladas e meu teclado estava cimentado pelo cansaço.
Mas aconteceram algumas coisas muito boas:
Chegou o meu Palm 130. Estou apaixonado por ele. Para minhas necessidades é perfeito. É incrível o que ele faz.
Para a disciplina de Cinema, no jornalismo, tivemos que filmar um curta metragem com características do expressionismo alemão. Escrevi o roteiro e ajudei na produção. O Acléio dirigiu e a Isabele Neri iluminou e fotografou. A Isa editou sozinha o filme ontem. Não pudemos ajudar. Vou ver hoje à noite.
A Renata Voltolini e o Carlos Augusto de Oliveira foram os atores mas produziram, montaram figurino e fizeram maquiagem. Gente para quem não existe tempo ruim e em quem a competência e a dedicação são marcantes. Carlos, se algum dia vc passar por aqui, agradeça em meu nome para sua mãe pelo catering. Só o que salvou minha vida foi aquele café com leite, quentinho como amor de mãe, lá pelas 05:00 da manhã, quando a temperatura estava em torno de 3 graus e a gente estava preparando uma cena externa.
Apesar da satisfação, foi uma maratona da qual os meus quase 40 anos ainda estão se ressentindo. Mas a maratona começou ainda na sexta-feira. Estava discutindo detalhes da concepção e do roteiro com o Aclélio e, quando a gente percebeu, estávamos nos aproximando do mais descarado plágio de um outro curta feito por um amigo nosso.
Abandonamos tudo e voltei para o computador. Mas para me preparar para uma avaliação do módulo de Literatura na pós-graduação. Um dos temas centrais da avaliação seria o livro “Pós-escrito ao Nome da Rosa” do Eco. A prova tinha 10 questões. No início o professor deixou claro: Não quero dez respostas, quero 10 ensaios. Foi do cacete! Das 19:00 até quase 23:00. Cheguei em casa tão cansado que não lembrava o nome da esposa.
Manhã de sábado. Frio. Como um zumbi liguei o computador. Mas o roteiro acabou saindo. Terminei ali pelas 10:00, mandei para os outros membros da equipe e nos encontramos 16:00 horas. Nos mandamos lá para perto do zoológico, em uma chácara de uma família tradicional paranaense, cujo nome, por motivos óbvios, será mantido em segredo. Filmanos na casa. Meu carro (Ka) estava arriando de tanto equipamento que levamos. A Renata e o Crlos tinham quatro mochilas de roupas para cobrir as 29 cenas.
Fora um ou outro problemina técnico, especialmente de áudio por causa das manobras de trens na região, foi tudo bem.
OFF THE RECORD – Tivemos que pedir permissão para os fantasmas da casa para fazer a filmagem, pois as cenas não apareciam na fita mini dv. Não pergunte como e eu não conto como. Depois que pedimos permissão, tudo voltou ao normal. Mas das 24 fotos que tirei da produção, só saíram 14. Coincidência?
Ali pelas 02:00 da manhã de domingo eu já estava chamando urubu de meu louro, mas fomos até o final. 05:45, gelado, com fome e sono, mas satisfeito, o último “corta” foi dito pelo Aclélio.
Até carregar tudo, levar as outras pessoas, chegar em casa, comer alguma coisa, dar um abraço na Nancy , e desmaiar na cama, o relógio da sala estava batendo 08:00 horas. Estas puxadas de 25 horas de duração são gostosas, mas o corpo cobra. Levantei para almoçar, mais zumbi do que nunca e depois dormi até quase 19:00 horas. Mas adorei. Queria fazer isto com mais freqüência.
Na segunda prova de Teoria Política (Maquiavel, Dante e outros babados), na terça entregar 11 textos para a disciplina de Redação Jornalística III e fazer prova sobre o livro “As Cidades Invisíveis” do Calvino.
Hoje, de novo zumbi, decidi que não poderia mais negligenciar o Pensagens, apesar do debate sobre cinema e aprova de espanhol de hoje.
Ainda não falei no trabalho, nas coisas paralelas, nos planos. Todas coisas maravilhosas que estão acontecendo. E sabe do que mais? Chega de reclamar de cansaço. Como bem lembrou o professor Alexandre Castro, coordenador do curso de jornalismo do Unicenp: Tancredo Neves dizia que para descansar, teremos a eternidade. Então, mãos à obra.
Mas no meio tempo, férias… please…

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