Trabalho de Webjornalismo

Todos os posts do dia de hoje são dedicados a uma experiência. Como último trabalho do último bimestre do último ano do curso de jornalismo, o professor de Webjornalismo pediu que nossa equipe criasse um site de notícias na internet. Uma vez que seria praticamente impossível atrair tráfego para um site em tão pouco tempo, optamos por disponibilizar os textos em um site já existente, com a finalidade de tentar atrair alguns comentários sobre as matérias.
Unicenp – Fábio Marchioro – 4º ano noturno – jornalismo
Eu julgo. Tu julgas. Ele julga.
O apresentador de programa de auditório Augusto Liberato está sentindo nas costas o peso do aforismo “ninguém consegue enganar todo mundo o tempo todo”. Esta máxima é verdadeira, e especialmente aplicável a pessoas como ele. Não se sabe bem se foi a sorte, o cuidado, a vergonha, a ética ou o tempo de Liberato que terminou, mas o fato é que ele, que tanto aprecia a atenção do público, está sendo julgado pelos próprios espectadores.
No dia 7 de setembro a produção do seu programa, um festival de barbaridades, piadas de mal gosto e mulheres semi-nuas, forjou uma entrevista que, apesar da forma canhestra com que foi conduzida, se fosse verdadeira, teria sido um furo de reportagem. Dois homens encapuzados, chamados de Alfa e Beta, afirmavam fazer parte do PCC, Primeiro Comando da Capital, a mais poderosa facção criminosa em atuação hoje no país.
Durante a entrevista, os dois homens fizeram ameaças a apresentadores de programas concorrentes (todos do mesmo nível), ao vice-prefeito de SP, ao padre Marcelo e outras personalidades de apelo popular. A fraude, posteriormente admitida pelo próprio Liberato, é um ataque aos mais básicos preceitos da ética. Ele, formado em jornalismo, há tantos anos trabalhando na mídia, deveria saber melhor do que ninguém. Foi, no entanto, a prova viva do aforismo citado. Ao longo dos anos, o SBT (que apresenta o programa) e os espectadores deram corda e agora, ele mesmo, em público, se enforcou.
Legisladores, advogados, juristas, juízes e sindicatos estão agora discutindo o que fazer com o problema. Como achar o meio termo entre a punição para o apresentador e sua produção, merecida, e a censura a um meio de comunicação, a ser evitada. O problema é que o tema é cáustico e as afirmações, todas, devem ser feitas com muito cuidado, ou todos os envolvidos vão acabar, profissionalmente, debaixo de uma camada de cal, em uma vala comum.
Mas, independente do poder judiciário, das discussões éticas em sindicatos, salas de aula e jornais, existe um julgamento que pode e deve se feito: o nosso. O mais severo, o Mais isento possível.
Historicamente o dia 7 de setembro é uma data importante para o Brasil. Novamente, só que agora no ano de 2003, o povo brasileiro viu a oportunidade de declarar sua independência da mediocridade e da falta de ética. Cabe a todos nós ancorar os preceitos de vida em sociedade na ética e julgar, sim, pessoas como Augusto Liberato. A sentença, virá da consciência de todos nós.

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