Rodolfo

– Oi mãe.
– Oi Rodolfo. Tudo bem?
– Tudo.
– Como é que foi o dia na escola? Tudo bem?
– Tudo.
– A professora gostou da sua redação?
– Gostou.
– E do trabalho de arte, dos desenhos, ela também gostou?
– Também.
– Ela não disse mais nada?
– Não.
– Mas Rodolfo, ela gostou da lição que você apresentou?
– Gostou sim.
– E os colegas? Foram todos para a aula hoje?
– Foram.
– Não faltou ninguém? Nenhum dos seus amiguinhos ficou doente?
– Não.
– O que é que deram de lanche para vocês hoje?
– Suco.
– Só suco? Não deram mais nada?
– Pão.
– Mas sé deram suco e pão seco? Não tinha nada dentro do pão?
– Tinha.
– Mas o que é que tinha no pão, Rodolfo?
– Queijo.
– E o recreio, foi divertido?
– Foi.
– Fizeram alguma brincadeira especial?
– Não.
– E aqueles meninos brig~ees, incomodaram você hoje, Rodolfo?
– Não.
– E nã�o aconteceu nada demais durante o recreio?
– …
– Rodolfo, eu fiz uma pergunta.
– Bom, a professora ficou brava.
– Ficou brava? Alguém fez alguma coisa errada?
– Acho que sim.
– O que foi que aconteceu?
– Bom.
– Rodolfo…
– É que, sabe aquela árvore bem alta?
– Qual érvore?
– Uma bem alta e bonita que tem no meio do pátio?
– Sei, acho que sei qual é. O que foi que aconteceu com a árvore?
– Com a árvore… nada…
– Rodolfo…
– É que parece que um menino subiu no alto da árvore.
– E daí a professora ficou brava.
– é.
– Isto você já me contou, Rodolfo.
– Pois é.
– E o que foi que a professora disse para o menino que subiu na árvore?
– “Desce já daí, Rodolfo.”

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